Mesmo ilegais, cassinos online atraem 3 milhões de apostadores no Japão
Uma pesquisa mostrou que mesmo sites de cassinos no exterior estão no idioma japonês ou são acessados principalmente por pessoas do Japão
Mais de 3 milhões de pessoas no Japão fazem apostas em cassinos online, gastando anualmente cerca de 1,24 trilhão de ienes (US$ 8,4 bilhões), embora a prática seja ilegal, mostrou uma pesquisa da polícia na quinta-feira (13).
Para chegar a esses números, a pesquisa foi realizada por uma empresa contratada pela Agência Nacional de Polícia, a qual entrevistou 27.145 pessoas de 15 a 79 anos em todo o país entre julho e janeiro, noticiou a Kyodo News.
A pesquisa revelou que 3,5% dos entrevistados jogaram em cassinos virtuais.
Em alguns países as apostas em cassinos online são legais, mas não no Japão, onda a prática pode resultar em multas de até 500.000 ienes.
Além disso, apostadores habituais podem pegar até três anos de prisão, de acordo com o Código Penal do país.
Mas o levantamento encomendado pela polícia mostrou que os 3,5% equivalem a 3,37 milhões de pessoas, com a estimativa de que 1,97 milhão ainda jogam online ilegalmente.
Entre os entrevistados, 3.044 deles, ou 43,5%, disseram que não sabiam que jogos de azar em cassinos online são ilegais no Japão; 60% reconheceram que são viciados em jogos, e 46% disseram que se endividaram pelo menos uma vez devido às apostas.
Outro dado preocupante é que 23% de 500 apostadores começaram a jogar por influência de atletas profissionais e celebridades que aparecem em anúncios.
Curiosamente, a pesquisa mostrou que mesmo sites de cassinos no exterior estão no idioma japonês ou são acessados principalmente por pessoas do Japão.
No Japão, loterias e apostas em corridas públicas, como de cavalos, bicicletas, barcos e motocicletas, são legais.
O plano da Agência agora é conscientizar sobre a ilegalidade dos cassinos online.
Ela observou que consultará os ministérios relevantes e considerará restringir o acesso aos sites.
A Agência acrescentou que planeja informar as celebridades de que elas não devem se tornar promotoras de jogos de azar online.
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