Quase 60% dos japoneses querem redução temporária do imposto sobre consumo
Uma pesquisa feita pelo jornal Asahi revelou que 59% dos entrevistados apoiam a redução temporária da alíquota do imposto sobre consumo. Ao mesmo tempo, 36% acham que ela deve ser mantida no nível atual de 8% ou 10%.
A pesquisa foi feita diante da crescente ansiedade que atinge os consumidores com o aumento do custo de vida. No entanto, também revelou preocupações com o impacto que o corte de impostos possa ter nos programas de bem-estar social.
Entre as pessoas que não apoiam o governo do primeiro-ministro Shigeru Ishiba, 71% esperam um corte de impostos, em comparação com 46% entre os apoiadores do governo.
O percentual favorável à redução do imposto sobe para 81% entre eleitores do Partido Democrático para o Povo, principal sigla de oposição que obteve ganhos significativos nas eleições para a Câmara Baixa em outubro, com a promessa de reduzir temporariamente o imposto sobre o consumo.
Entre apoiadores do Partido Liberal Democrata (PLD), de Ishiba, apenas 42% têm a mesma opinião.
Enquanto isso, 60% dos eleitores não filiados também expressaram apoio a um corte temporário de impostos.
Embora a proposta seja atraente, muitos entrevistados expressaram preocupação com seu potencial impacto no bem-estar social, que depende fortemente da receita do imposto sobre o consumo.
A pesquisa também tratou sobre a liberação de arroz das reservas de emergência do governo para lidar com a alta dos preços.
Apenas 26% dos entrevistados acham que a medida ajudará a reduzir os preços do produto, enquanto 69% não esperam que a iniciativa alivie os custos do alimento.
Outro ponto destacado pela pesquisa foi a queda para 26% daqueles que consideram sua situação financeira como “um pouco confortável”, enquanto 69% disseram se sentir “um pouco pressionadas”.
Na última pesquisa feita em julho de 2024, o “conforto financeiro” foi relatado por 32% dos entrevistados, e 60% disseram estar passando por dificuldades.
A pesquisa foi feita no sábado (19) e domingo (20), por meio de números de telefones fixos e celulares gerados aleatoriamente por computador.
Um total de 1.240 do total de 2.895 eleitores que receberam a ligação deram respostas válidas à pesquisa.
Foto: iStockphoto
FONTE; ALTERNATIVA ON LINE