Japoneses presos por esquema de fraude deram prejuízo de ¥3 bilhões
As investigações revelam que o grupo atuava principalmente a partir de Cambodja e Vietnã, realizando golpes por telefone.
Informações do Japan Times revelaram como o japonês Tetsuya Yamaguchi, de 46 anos, suspeito de liderar um grupo de fraude internacional, causou prejuízo estimado em pelo menos ¥ 3 bilhões (aproximadamente R$ 104 milhões). Yamaguchi é ex-integrante do grupo quasi-gang japonês Kanto Rengo. Ele foi detido no aeroporto de Haneda, em Tóquio, há quase um mês e, agora, os detalhes das investigações começam a explicar como ele e o grupo agiam.
As investigações revelam que o grupo atuava principalmente a partir de Cambodja e Vietnã, realizando golpes por telefone. Cerca de 50 pessoas, com idades entre 20 e 40 anos, já foram presas por participação direta no esquema, como responsáveis por realizar as ligações fraudulentas. Autoridades estrangeiras colaboraram com as deportações.
De acordo com a polícia, o golpe consistia em se passar por funcionários públicos — como agentes de saúde — para enganar vítimas idosas e convencê-las a transferir dinheiro. Em um dos casos investigados, ocorrido em setembro de 2022, uma mulher de 70 anos, residente em Osaka, foi induzida a transferir ¥296.000 (cerca de R$ 10.300) após ser informada, falsamente, que receberia reembolso de despesas médicas. O dinheiro foi sacado de um caixa eletrônico na cidade de Koshigaya, província de Saitama.
Yamaguchi nega as acusações e diz não ter conhecimento do caso. No entanto, a polícia acredita que ele coordenava as operações a partir de um restaurante que mantinha, inclusive entregando refeições para a base onde os golpes eram organizados. A suspeita do envolvimento de Yamaguchi surgiu após a análise dos dados de um smartphone pertencente a um homem de 38 anos, acusado de envolvimento em um golpe baseado no Vietnã.
As investigações estão sendo conduzidas por uma força-tarefa policial de três prefeituras e visa o desmantelamento do esquema.
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