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“Ijime” entre alunos pode ter motivado tumulto e agressão a professores em escola no Japão, diz jornal

Dois homens que invadiram o local foram presos em flagrante por lesão corporal

 Um caso de bullying (ijime) pode ter sido a causa do tumulto que ocorreu na quinta-feira (8) em uma escola primária na cidade de Tachikawa (Tóquio), onde dois homens invadiram o local e agrediram professores e o diretor da escola, segundo apurou o jornal Mainichi após entrevistar pessoas ligadas ao caso.

Os dois agressores são amigos de uma mãe de aluno que tinha ido à escola Tachikawa Daisan na manhã de quinta-feira para relatar ao professor responsável pela classe um caso de bullying entre alunos.

O jornal informou que a conversa terminou sem um consenso, e a mãe foi embora inconformada. Por volta das 11h, ela retornou à escola acompanhada de dois amigos que agiram com violência, causando o tumulto e as agressões.

A Polícia Metropolitana de Tóquio acredita que o incidente tenha como pano de fundo conflitos relacionados à forma como a escola lidou com o bullying e está investigando o caso.

Os dois homens, com idades de 27 e 46 anos, foram presos em flagrante por lesão corporal. Segundo o Comitê de Educação de Tachikawa, eles invadiram uma sala do segundo ano do ensino fundamental, onde o agressor de 46 anos teria agredido um professor. O acusado de 27 anos teria atacado o diretor da escola, que tentou intervir.

Os agressores foram contidos após quebrar a porta de vidro da sala dos professores. Fragmentos de garrafas de shochu – bebida alcoólica –, que os homens teriam trazido para a escola, foram encontrados espalhados pelo chão.

Ao todo, quatro professores e o diretor da escola foram agredidos e sofreram ferimentos leves. Nenhum aluno ficou ferido.

O acusado de 46 anos afirmou à polícia que “não agrediu ativamente”, mas apenas reagiu ao ser contido. Já o homem de 27 anos disse que “foi segurado e empurrou para se soltar, chegando a dar tapas algumas vezes”.

O Comitê de Educação de Tachikawa informou que os homens entraram por um portão que normalmente não é utilizado por pais e responsáveis. O local não estava devidamente trancado, o que facilitou a entrada deles.

Os nomes dos agressores não foram divulgados pela polícia e o Comitê de Educação não mencionou o teor da conversa que a mãe teve com o professor, alegando que não poderia falar nada porque se tratava de um problema entre alunos, segundo o Tokyo Shimbun.

Foto: Reprodução/ANN
Policiais na escola primária Tachikawa Daisan, onde ocorreram o tumulto e as agressões

FONTE: ALTERNATIVA ON LINE

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