WWF abandona NFTs após críticas ambientais
Motivado pelas preocupações ambientais, o World Wildlife Fund (WWF) está interrompendo as vendas de NFTs em sintonia com as críticas de ambientalistas com a pegada de carbono na indústria.
Em um dos posicionamentos contrários ao lançamento dos tokens não fungíveis do WWF na rede Polygon, o fundador do site Digiconomist, Alex de Vries, escreveu no Twitter “que a pegada de carbono de uma transação da Polygon é de cerca de 430 gramas de C02. Isso é quase 2.100 vezes mais do que a estimativa otimista fornecida pelo WWF, ilustrando que o Polygon não é nem de longe tão sustentável quanto alegado.
Críticas bem recebidas
O Fundo Mundial para Natureza aceitou as críticas e decidiu encerrar os NFTs. O próximo passo será uma avaliação do impacto dos ativos digitais no meio ambiente para uma futura decisão sobre o uso dos tokens não fungíveis como forma de inovação e engajamento dos apoiadores.
Impacto dos NFTs no meio ambiente
A pegada de carbono de blockchains de prova de trabalho (PoW) como bitcoin e Ethereum já tem comprovações científicas sobre os abalos negativos no meio ambiente, principalmente no consumo de energia elétrica.
Estudo da Universidade de Cambridge revela que a rede bitcoin consome cerca de 125 terawatts-hora (TWh) de eletricidade por ano. Trata-se de uma quantidade maior do que a necessária para abastecer muitos países no mesmo período.
O consumo de energia da Ethereum gira em torno de 112 TWh. Como a maioria das atividades NFT depende do blockchain, o impacto ambiental é nítido. No entanto, ainda há dificuldades para calcular a pegada de carbono em cada transação de NFT.
Isso ocorre porque o consumo de energia de blockchains de prova de trabalho é calculado pelo custo de energia relacionado à mineração de novos blocos no próprio blockchain, e não por transações individuais.
WWF se une a movimento contra NFTs
A decisão do WWF de interromper os NFTs segue a mesma trajetória de outras organizações que estão se posicionando contrárias aos tokens não fungíveis.
Entre elas, também está a Mozilla, uma instituição sem fins lucrativos que atua nos bastidores do navegador de internet Firefox.
Ela anunciou uma paralisação nas doações de criptomoedas após reação online, mesmo pedido feito pelos seguidores a Wikimedia Foundation, a organização sem fins lucrativos que financia a Wikipedia.
FONTE: AMBIENTE BRASIL (VIA OLHAR DIGITAL)