Com atuação do La Niña, chuva e temperaturas mais baixas voltam ao Sul e Sudeste do país
A chuva volta a marcar presença no Sul e no Sudeste do país nesta quinta-feira (25), principalmente no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Segundo especialistas, a incidência do clima frio em novembro, o que não é comum para a época do ano, está relacionado com o fenômeno La Niña. (Veja abaixo)
No Sul, o Rio Grande do Sul será o estado mais atingido. O estado irá registrar temporais e há risco de alagamentos devido à formação de um sistema de baixa pressão.
Os sistemas de baixa pressão são marcados pela ascensão do ar quente que, ao chegar na atmosfera, esfria e pode formar nuvens de precipitação.
Já no Sudeste haverá chuva em momentos pontuais, principalmente no estado de São Paulo, que deve durar até o final da semana.
Apesar da chegada da chuva, as mudanças do tempo não devem provocar quedas bruscas de temperatura.
“Não irá acontecer uma mudança brusca no Sudeste, afinal não vai fazer um baita frio. A temperatura irá cair um pouco por conta dos ventos úmidos do mar, que vão trazer mais nuvens e chuva. Isso é comum para esta época do ano, assim como nos períodos de calor, isso é tradicional da primavera”, afirma o meteorologista César Soares.
Nas demais regiões do país, o tempo continua quente e abafado com pancadas de chuva pontuais.
La Niña deve durar até outubro de 2022
O frio, ainda que ameno, não é comum nesta época do ano. De acordo com Soares, as quedas nas temperaturas estão associadas ao fenômeno La Niña.
“Não é comum termos períodos de frio como foram observados nos últimos meses, e isso está relacionado com o fenômeno climático La Niña, que é o resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial e que alteram a circulação geral da atmosfera’ explica César Soares, meteorologista da Climatempo.
Esse fenômeno faz com que as massas de ar frio, que passam pela costa da América do Sul, se movam mais devagar, ou seja, o frio dura um tempo maior do que deveria.
E, de acordo com as previsões da Climatempo, o frio irá nos acompanhar até outubro de 2022.
“Isso pode afetar também o verão, fazendo com que este não seja tão exageradamente quente. São previstos dias quentes para a estação, mas menos do que o tradicional”, diz Soares.
FONTE :AMBIENTE BRASIL (VIA G1)