Em dia marcado pela preocupação com consumo, café encerra com desvalorização na Bolsa de Nova York
O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta segunda-feira (27) com recuo de 1,79%, o equivalente a mais de 300 pontos de baixa, para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). A Bolsa de Londres para o café conilon não operou nesta segunda, devido a feriado nacional no Reino Unido.
Março/22 teve queda de 415 pontos, valendo 227,05 cents/lbp, maio/22 teve baixa de 400 pontos, negociado por 227,10 cents/lbp, julho/22 teve queda de 385 pontos, negociado por 226,55 cents/lbp e setembro/22 teve queda de 360 pontos, valendo 225,85 cents/lbp.
Segundo análise do site internacional Barchart, o mercado de café recuou com suporte na preocupação com a demanda global do grão à medida que nova variante da Covid-19 registra expressivo aumento de transmissão em importantes polos consumidores de café.
“Devido à preocupação de que o recente aumento de infecções na Covid levará a bloqueios globais e restrições de viagens que fecham cafeterias e reduzem a demanda por café”, afirma a publicação. Além disso, a olanda impôs um bloqueio nacional até 14 de janeiro, Israel e Japão já fecharam suas fronteiras para visitantes estrangeiros e outros países impuseram restrições de viagem.
“A média de 7 dias de novas infecções por Covid nos EUA no domingo subiu para um máximo de 11 meses de 204.861, a França relatou um recorde de 104.611 infecções por Covid no sábado e o Reino Unido relatou um recorde de 106.122 novas infecções por Covid na última quarta-feira”, acrescenta a análise internacional.
No Brasil, analistas continuam indicando cenário de preços firmes para o café, à medida que a preocupação com a oferta global do grão também aumenta. Além do Brasil, enfrentam problemas climáticos e logísticos a Colômbia e o Vietnã. “A queda na produção mundial de café é séria e os entraves logísticos mundiais tornam o quadro ainda mais complicado. A irregularidade do clima assusta os operadores. Teremos quebra de produção nos três maiores produtores de café do mundo. Os demais produtores também enfrentam problemas com a crise climática global”, destaca a análise do Escritório Carvalhaes.
No Brasil, o dia foi marcado por certa estabilidade nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,63% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.446,00, Poços de Caldas/MG registrou baixa de 0,69%, valendo R$ 1.440,00 e Campos Gerais/MG teve queda de 1,42%, valendo R$ 1.454,00. Patrocínio/MG manteve a estabilidade por R$ 1.450,00, Araguarí/MG manteve por R$ 1.480,00, Varginha/MG por R$ 1.470,00 e Franca/SP por R$ 1.460,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 1,73% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.533,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,65%, negociado por R$ 1.530,00, Varginha/MG teve baixa de 1,94%, valendo R$ 1.520,00 e Campos Gerais/MG teve desvalorização de 1,37%, negociado por R$ 1.514.
FONTE : NOTICIAS AGRICOLAS (POR Virgínia Alves)