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Onda que se ergueu no mar fluminense, para içar rock brasileiro, faz 40 anos com status de lenda

Em 1º de março de 1982, uma onda se ergueu no mar fluminense, mais precisamente na cidade de Niterói (RJ), e se tornou decisiva para içar o então emergente rock brasileiro. Faz hoje 40 anos que a Rádio Fluminense entrou no ar – em operação orquestrada por Amaury Santos, Luiz Antonio Mello e Sérgio Vasconcellos – sem saber que faria história.

Em época sem internet e sem redes sociais, em que os artistas dependiam do poder das gravadoras para chegar ao público, a emissora que operava na frequência de 94,9 MHZ contribuiu para dar voz a bandas sem nome e sem vez no mercado, fazendo a ponte com um público ávido por ouvir rock nas rádios.

Já contada em livros e no documentário A Maldita (2019), dirigido por Tetê Matos, a saga heroica da Fluminense FM completa 40 anos com status de lenda porque a emissora ajudou a mudar o curso da história do pop brasileiro.

Foi pelas ondas da fluminense que o som de bandas iniciantes como Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Kid Abelha e Biquini Cavadão se espalharam antes mesmo de esses grupos serem contratados por gravadoras multinacionais. Ter uma demo tocada na rádio era atestado de qualidade.

A Fluminense FM simbolizou literalmente uma porta de entrada para o rock brasileiro entre 1982 e 1984, abrindo (e cortando) caminho para que bandas chegassem até as gravadoras.

A partir de 1985, a emissora passou a seguir as ondas, os ritmos e os hits do momento, ditados pela indústria fonográfica. Mas aí já era tarde e A Maldita já tinha feito a diferença, se tornando nome incontornável na história do pop rock que deu uma blitz na MPB a partir de 1982.

FONTE : G1 ( POR MAURO FERREIRA)

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