Pesquisa nacional quer medir impacto econômico de pandemia nos negócios nikkeis
Pandemia trouxe novas formas de lidar com clientes, produtos e serviços: como os empreendedores nikkeis estão lidando?Em busca de dados mais concretos sobre o atual panorama da comunidade nipo-brasileira, a Rede Nikkei Brasil (Ren Brasil) e a Henshin – Rede de Pesquisadores lançaram, na última semana, a “Pesquisa Empreendedorismo Nikkei – Impacto Econômico da Pandemia da Covid-19”, voltada a gestores descendentes de micro, pequenas e médias empresas.
A proposta foi desenvolvida há alguns meses e tentam dar luz sobre a comunidade. Mesmo sendo o maior centro de descendentes de japoneses, no Brasil, existem poucos dados de como vivem, onde estão, grau de escolaridades, nível de renda e negócios. Além disso, a pesquisa também servirá para medir as consequências da pandemia nas empresas.
Para o coordenador do projeto e mestre em saúde pública, economista e sanitarista Sandro Terabe, o engajamento é a chave para que se obtenha uma amostra significativa e qualitativa de dados que servirão para novos projetos, insights e planejamento de ações.
“É de grande importância que as pessoas participem, pois trata-se de um mapeamento que servirá para termos dados concretos sobre a comunidade. Vale lembrar que essa pesquisa não possui fins comerciais e somos um grupo de voluntários formado por profissionais de diversas áreas de atuação. Gostaríamos muito da colaboração de nikkeis de todo o País”, explica Terabe, reforçando que não há qualquer subsídio (público ou privado) para a realização deste levantamento. Institucionalmente, Bunkyo, Embaixada, Universidade de Brasília e outras entidades já deram seu apoio e estão divulgando o projeto. “Se cada associação, tanto das cidades grandes quanto do interior, pudessem colaborar, com certeza nós, nikkeis, levantaremos informações bastante relevantes”, completa o coordenador.
Como anda a gestão – O público-alvo envolve gestores nikkeis de micro, pequenas e médias empresas, preferencialmente localizados nas capitais e regiões metropolitanas brasileiras. O questionário tem uma abordagem bastante objetiva e com linguagem informal. Ou seja: não há necessidade de se dedicar por um longo período para responder às perguntas. Os coordenadores lembram, ainda, que as perguntas abertas terão valor de diálogo e de percepção dos pesquisadores.
“É bem pontual e rápida a participação. Pensamos em justamente não deixar um longo questionário para que mais pessoas possam participar, deixar mais dinâmico. Com as respostas compiladas, faremos uma espécie de avaliação a cada duas semanas para sabermos como a pesquisa está evoluindo”, destaca Terabe, mostrando que a transparência está em primeiro plano no escopo do projeto.
A Henshin – Rede de Pesquisadores é formada por, além de Terabe, Elise Hirako (mestre em Artes), Julia Tani (psicóloga), Hideo Mikami (engenheiro de redes de comunicação), Lara Santos (fisioterapeuta) e Joyce Neri (mestre em Administração, tradutora e intérprete).
Sobre a pequisa, o formulário está inserido no aplicativo Google Form; o questionário é composto por 6 blocos, totalizando 38 perguntas e leva em torno de 5 minutos para seu preenchimento; os dados nominais não serão divulgados e a análise dos resultados serão divulgados amplamente, nas redes sociais dos parceiros e apoiadores.
Link da Pesquisa: https://forms.gle/pVGdWahLur1bLXQe6. Mais informações: henshin.contato@gmail.com
FONTE: NIPPONJÁ