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MARÍLIA PERDE 13 ECOPONTOS DE COLETA SELETIVA POR FALTA DE APOIO, DIZ COLETOR

Segundo prefeitura, em junho, cerca de dez toneladas de recicláveis vinham sendo recolhidas por mês; menos de 5% do lixo produzido na cidade vão para coleta seletiva, segundo Tribunal de Contas

Marília passa por um momento de retrocesso em sua ainda incipiente política pública de coleta seletiva de lixo com a perda de 13 pontos de recebimento de materiais recicláveis instalados recentemente, em diversas regiões da cidade, por famílias de coletores. É o que aponta uma reportagem publicada hoje (08) pelo site temmais.com.

A publicação aponta que a retirada dos dispositivos acontece devido aos recorrentes episódios de mau uso pela população e pela alegada falta de apoio do poder público municipal, que poderia, por exemplo, auxiliar no monitoramento dos ecopontos por meio de câmeras.

Quem afirma isso na reportagem é Ademar Aparecido de Jesus, conhecido como Dema, responsável pela instalação e, agora, retirada dos ecopontos. A legislação municipal prevê a autorização de uso de espaço público para funcionamento desse tipo de dispositivo.

“Assim como pedimos autorização para instalar os ecopontos, nós também protocolamos um pedido para fazer a retirada. Por incrível que pareça, para auxiliar na manutenção não tivemos ajuda, mas para retirar nos ofereceram até caminhões”, lamentou Dema.

O coletor e sua família já removeram os ecopontos das ruas e avenidas Maria Fernandes Cavalari; Brigadeiro Eduardo Gomes; Clemente Ferreira; das Esmeraldas e de seu prolongamento; Cascata; República; Nove de Julho; Sampaio Vidal; Jardim Acapulco; João Martins Coelho; e Santo Antônio.

Ao menos dois deles foram removidos nos últimos meses devido a descartes de lixo doméstico, atos de vandalismo e queixas de moradores. Os outros começaram a ser retirados nas últimas semanas.

Na quinta-feira (7), foi informado que só faltava a remoção de mais um ecoponto, cujo custeio de confecção é de responsabilidade de quem instala e usufrui do material coletado. A destinação dos dispositivos está sendo pensada, mas não se descarta a instalação em outra cidade.

Em junho, a administração municipal anunciou que, um ano após o início do projeto, dez toneladas de recicláveis, como plásticos, papéis, metais e vidros, estavam sendo recolhidas por mês através dos ecopontos.

Apesar do volume, segundo uma fiscalização do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) realizada em março, em Marília, menos de 5% do lixo são recolhidos pela coleta seletiva.

Na ocasião, a prefeitura afirmou que iniciou a coleta seletiva através de 15 ecopontos e de porta em porta na região norte, apoiando três cooperativas. “O foco inicial está sendo educar a população. Agora, estamos realizando a licitação para compra de 20 mil sacolas retornáveis para expandir a coleta de porta em porta, ampliando de 5% para 25%”.

Após a retirada dos 13 ecopontos pela família de Dema, na quinta-feira o Executivo mariliense foi novamente procurado pelo site para se manifestar sobre a questão. Desta vez, no entanto, não houve retorno.

A Plenária do Lixo, realizada pela MATRA, continua sendo ignorada

A aplicação dos recursos públicos na melhoria da qualidade de vida da população por meio da preservação do meio ambiente e da destinação correta dos resíduos coletados diariamente na cidade é mais uma luta antiga da MATRA.

Em sua ação mais marcante, a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Marília Transparente, realizou a segunda Plenária do Lixo. O evento, realizado em agosto de 2019, em parceria com a Origem, o CADES (Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), Conselho de Habitação e Política Urbana, ACIM (Associação Comercial e Industrial de Marília) e o CODEM (Conselho de Desenvolvimento Estratégico de Marília), foi um marco na história de Marília.

Ao se reunirem de maneira voluntária para a obtenção de informações concretas sobre a situação atual do lixo e a busca de soluções para esse grave problema, os mais de 180 participantes ouviram especialistas da área. Uma ação que reuniu pessoas de diversos segmentos da sociedade demonstrando a importância da participação popular para desenvolvimento do Município, em uma ação livre de interesses político-partidários.

Deste encontro por Marília, surgiram oito propostas objetivas para a mudança do cenário atual, que muito entristece quem vive aqui. Os esforços para a concretização das propostas continuam!

FONTE : MATRA

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