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Chefe do grupo religioso relacionado ao suspeito de ter atirado no ex-premiê Abe fala à imprensa

A Federação de Famílias para a Paz Mundial e Unificação afirmou que a mãe do suspeito de ter disparado tiros ao ex-primeiro-ministro japonês Abe Shinzo é membro do grupo. A organização religiosa também é conhecida como a Igreja da Unificação.

Yamagami Tetsuya, acusado de ter atirado em Abe na sexta-feira, disse à polícia que guardava rancor contra o grupo religioso e que ele tinha como alvo o ex-premiê porque acreditava que Abe tinha relações estreitas com a entidade.

Ele também disse à polícia que sua mãe se tornou obcecada pela organização e realizou grandes doações, arruinando praticamente a sua família.

Na segunda-feira, Tanaka Tomihiro, chefe da filial japonesa do grupo religioso, deu uma entrevista à imprensa em Tóquio.

Tanaka disse que o próprio Yamagami não é, e nunca foi, um seguidor da religião. Ele indicou que sua mãe se juntou ao grupo por volta de 1998. Também disse que ela não estava envolvida nas atividades da igreja por vários anos desde por volta de 2009, acrescentando que ela tem participado das atividades do grupo uma vez por mês durante os últimos seis meses.

Tanaka também afirmou que, após o incidente dos disparos, a igreja soube que ela havia declarado falência por volta de 2002, mas ainda não sabia como isso veio a acontecer.

Com relação aos vínculos de Abe com o grupo, Tanaka disse que o ex-premiê enviou uma mensagem em um evento patrocinado por uma organização afiliada, na qual Abe elogiou as atividades voltadas para a promoção da paz.

Contudo Tanaka negou que Abe fosse membro ou conselheiro do grupo afiliado.

Ele também declarou que a igreja está perplexa que o ressentimento pelo grupo tenha motivado o assassinato de Abe, pois aparentemente não há nenhuma relação entre os dois fatos.

FONTE; NHK PORTUGUÊS

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