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Posicionamento: Responsabilidade de peso no novo Congresso Nacional

O Brasil acordou no dia  3 de outubro com os resultados de uma eleição confiável e segura. 123.678.768 eleitores foram às urnas e elegeram 513 deputados e deputadas federais, 27 senadores e senadoras, além de 15 governadores e governadoras. Nas eleições presidenciais, assim como em alguns estados, haverá segundo turno em pouco menos de um mês.
 
O grande desafio dessa legislatura será mudar a marcha da história enquanto é tempo. A Amazônia é responsável pelas chuvas que abastecem as torneiras da maior parte dos cerca de 225 milhões de brasileiros e nos permitem ser um dos maiores produtores agrícolas do Planeta. Nos últimos 4 anos, perdemos para a grilagem, para o garimpo e para a expansão agrícola ilegal algo próximo de 45 mil km² de florestas, ou dois estados do tamanho de Sergipe. Com isso, empurramos a maior floresta tropical do Planeta para mais próximo do que a ciência brasileira vem apontando como o ponto de não retorno, a linha que não devemos cruzar sob pena de causarmos um grande desequilíbrio no clima do país e do mundo. 
 
Se os próximos quatro anos forem iguais aos últimos, é provável que cruzemos essa linha ainda nesta década, com efeitos irreversíveis. O novo Congresso Nacional terá um papel central na retomada da posição do Brasil como protagonista no cenário mundial. 
 
Estará em suas mãos barrar o Pacote da Destruição, um conjunto de projetos de lei que busca anistiar grileiros, permitir garimpo e plantação de soja em terras indígenas, enfraquecer o licenciamento ambiental, diminuir o tamanho de áreas protegidas e flexibilizar o Código Florestal para permitir mais desmatamento legal. Se esses projetos forem aprovados, estaremos contratando a perda definitiva da Amazônia, do Cerrado, com consequências negativas permanentes para as atuais e futuras gerações.
 
É o peso de decidir sobre o futuro não apenas dos 123 milhões que participaram das eleições, mas do planeta todo. Suas decisões afetarão nossas vidas para muito além dos 4 anos de mandato. Esperamos que atuem com essa consciência. E vamos continuar monitorando e defendendo a vida.

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