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Agência da ONU alerta para possíveis surtos de sarampo nas Américas

A Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, emitiu um alerta, pedindo aos países das Américas a atualizarem seus planos de resposta para evitar a volta da transmissão endêmica do vírus do sarampo.

Uma redução na cobertura vacinal infantil da região aumentou a possibilidade de surtos da doença.

Os surtos mais significativos ocorreram no Brasil, onde a circulação endêmica continua, e na Venezuela

Opas

Os surtos mais significativos ocorreram no Brasil, onde a circulação endêmica continua, e na Venezuela

Circulação endêmica continua no Brasil

No comunicado, o braço da OMS nas Américas, lembra que a vacinação e a vigilância epidemiológica de doenças que podem ser prevenidas através de imunização são serviços de saúde essenciais e não devem ser interrompidos.

De acordo com a Opas, o risco de surtos dessas doenças na região está em seu ponto mais alto nos últimos 30 anos.

As Américas ficaram livres do sarampo em 2016. Mas, como o vírus continua circulando em outras partes do mundo, as nações latino-americanas e caribenhas relataram um aumento de casos importados entre 2017 e 2019.

Os surtos mais significativos ocorreram no Brasil, onde a circulação endêmica continua, e na Venezuela.

Vacinação de crianças e adolescentes contra sarampo e difteria na América do Sul

Opas

Vacinação de crianças e adolescentes contra sarampo e difteria na América do Sul

Pandemia ajudou a diminuir transmissão do vírus

Desde então, os casos confirmados diminuíram e, em 2022, graças às medidas de distanciamento social impostas durante a pandemia de Covid-19, apenas seis países da região notificaram casos importados de sarampo: Argentina, Brasil, Canadá, Equador, Paraguai e Estados Unidos.

A Opas recomenda que os pais, responsáveis ou cuidadores garantam que seus filhos recebam duas doses de vacina contra sarampo, caxumba e rubéola para prevenir surtos e protegê-los contra complicações graves, como pneumonia, que pode ser fatal para bebês e crianças.

Mas, em 2021, mais de 1,7 milhão de menores em 28 países e territórios das Américas não receberam uma dose inicial da vacina contra o sarampo até completar um ano de vida. No mesmo ano, a cobertura regional para a primeira dose da vacina contra sarampo, caxumba e rubéola foi de 85%.

Apenas seis países atingiram o nível recomendado de 95% ou mais, necessário para sustentar a eliminação dessas doenças, e 10 países relataram uma cobertura inferior a 80%.

Vacinação contra o sarampo é essencial para evitar casos

Foto: OMS/Opas

Vacinação contra o sarampo é essencial para evitar casos

OMS e CDC já fizeram alerta

O sarampo é um vírus grave e altamente contagioso. Entre 2000 e 2018, a vacina contra o sarampo evitou cerca de 23,2 milhões de mortes em todo o mundo.

Em novembro de 2022, um relatório da Organização Mundial da Saúde, OMS, e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, CDC, revelou a ameaça do sarampo em todo o mundo.

O documento chamava a atenção para a diminuição no número de crianças vacinadas contra o sarampo, desde o início da pandemia de Covid-19. Em 2021, um recorde de quase 40 milhões perderam uma dose da vacina.

Esse declínio é um revés significativo no progresso global para alcançar e manter a eliminação do sarampo e deixa milhões de crianças suscetíveis à doença.

FONTE: ONU NEWS

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