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Arquivado por Marcos Rezende, projeto da Rádio Câmara é aprovado na gestão de Eduardo Nascimento ‘por vaidade política’ 


O Projeto de Resolução nº 1/2023, de autoria da atual Mesa Diretora da Casa de Leis, hoje composta pelos vereadores Eduardo Nascimento (presidente), Elio Ajeka (1º secretário) e Vânia Ramos (2ª secretária), foi aprovado em sessão extraordinária realizada no último dia 24 de abril de 2023 e autorizou a criação da Rádio Câmara FM. A mesma propositura havia sido arquivada pelo ex-presidente do Legislativo, vereador Marcos Rezende, em 2021, porém, a origem da proposta foi em 2018. Por “vaidade política”, Nascimento tem plagiado projetos – antes rejeitados – para criação de mais cargos, a exemplo da emissora radiofônica legislativa.
Em 2018, sob a presidência de Wilson Damasceno, o Projeto de Resolução nº 9/2018 autorizou a transmissão radiofônica das sessões camarárias no âmbito de Marília. Em 2020, o Projeto nº 1/2020, que pedia a criação da Rádio Câmara, sob a presidência de Marcos Rezende, foi rejeitado pela Casa de Leis. Votaram contra: Mauricio Roberto (ex-vereador), Albuquerque (ex-vereador), Damasceno (ex-vereador), José Luiz Queiroz (ex-vereador), Danilo da Saúde (vereador até hoje), Professora Daniela (vereadora até hoje), Nardi (vereador até hoje) e Marcos Custódio (vereador até hoje). Os parlamentares que foram contra em 2020, acabaram sendo a favor em 2023. O que mudou?
Para Marcos Rezende, a “vaidade política” subiu pela cabeça de Eduardo Nascimento, que não tem respeitado o direito de fala da vereança e não pensa na gestão financeira da Casa de Leis, que pode colapsar com a criação de mais cargos, em troca de possíveis apoios políticos nas eleições do ano que vem. O vereador considera que a Câmara merece melhorias, valorização dos servidores e novas ampliações, mas tudo deve ser passado antes por diálogo e não pode ser fruto de “imposição”. Rezende ainda disse que respeita a opinião e votação dos colegas vereadores, porém, emitiu seu ponto de vista.
“Meu microfone foi cortado na tribuna quando questionei os gastos da viagem da atual presidência à Israel e tive ‘questões de ordem’ ignoradas em sessões ordinárias e solenes. Isto é ditadura. Nunca fiz isto contra Nascimento na época em que eu era presidente da Casa. Este tipo de conduta me lembra o ex-governador João Doria, do mesmo partido de Eduardo Nascimento, o PSDB, na época da pandemia. Foi imposto o fechamento do comércio mariliense e os trabalhadores foram forçados a ficar em casa, uma conduta política que gerou bastante rejeição perante a população. Agora, o atual presidente Nascimento vem impondo projetos pensando em interesses próprios e não no bem comum, ou seja, não pensa na cidade. Só quer saber do próprio umbigo, ofendendo o prefeito Daniel Alonso na tribuna, com xingamentos e palavras de baixo calão, assim como fez o Doria contra o Bolsonaro, que era a favor dos trabalhadores e do emprego na pandemia. Assim como noticiou o site Marília Notícia hoje [dia 25 de abril], também sou contra à farra do dinheiro público na Câmara”, comparou o vereador Marcos Rezende, do PSD, partido que faz parte do grupo de governo do atual governador Tarcísio de Freitas.

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