GeralMundo

ONU alerta para risco de fome disparar no Sudão após retomada do conflito

Trabalhadores humanitários lançaram um alerta sobre a piora da situação no Sudão, que está enfrentando combates desde 15 de abril entre paramilitares e tropas do Exército do país. 

Os níveis recordes de fome estão se agravando a cada dia no conflito que já matou centenas de pessoas e deixou milhares feridas. 

Refugiados abrigados no Sudão 

O Programa Mundial de Alimentos, PMA, afirma que de 2 a 2,5 milhões de pessoas no Sudão podem sofrer de fome aguda, nos próximos meses, por causa da violência entre as forças leais ao general Mohamed Hamdan Dagalo, do grupo paramilitar RSF, e as tropas do Exército sudanês, chefiadas pelo general Abdel Fattah Al Burhan. 

Alimentos e outros itens são distribuídos no Chade para pessoas que fugiram da violência no Sudão.

© UNHCR/Colin Delfosse

Alimentos e outros itens são distribuídos no Chade para pessoas que fugiram da violência no Sudão.

A agência da ONU diz que 40% da população sudanesa serão afetados. Os estados mais atingidos devem ser Darfur Ocidental e Kordofan Ocidental, Nilo Azul, Mar Vermelho e Darfur do Norte. 

O alto comissário para Refugiados da ONU, Filippo Grandi, informou em sua conta numa rede social que mais de 150 mil pessoas já fugiram do Sudão incluindo sudaneses e refugiados que eram abrigados pelo país africano. Grandi disse que é preciso enviar ajuda urgentemente. 

Plantações e colheitas  

O preço dos itens da cesta básica deve aumentar em até 25% entre três e seis meses. Uma outra preocupação são as dificuldades dos lavradores para chegar às suas plantações entre maio e julho, o que elevará o custo dos alimentos. 

Após uma suspensão por causa da insegurança que matou três funcionários, o PMA retomou suas operações no país na semana passada. Até agora, a agência conseguiu entregar comida para mais de 35 mil pessoas. 

O plano é apoiar 4,9 milhões de sudaneses em situação vulnerável e assistir 600 mil crianças abaixo de 5 anos como mulheres grávidas e amamentando. 

A agência está levando apoio a milhares de pessoas que fugiram para países vizinhos como Chade, Sudão do Sul, Egito e a República Centro-Africana. 

A maioria dos sudaneses que deixaram o país desde 15 de abril foi para o Egito, que recebeu 68 mil refugiados do Sudão e quase 5 mil refugiados de outros países.  

FONTE: ONU NEWS

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *