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Crescimento desordenado entorno do Palmital cria labirinto de ruas ao lado de favelas e buracão

 A região do bairro Palmital deve receber em breve mais centenas de casas em uma região limítrofe, que faz fronteira entre área urbana com a rural, ao lado de mata protegida com paredões de pedra (itambés) do córrego do Cincinatina (buracão que separa a favela da Vila Barros da Zona Leste ou região do Aeroporto).

Medida segue tendência dessa região, que criou diversos bairros sem interligação por grandes avenidas, deixando a população ilhada ou sem qualidade de locomoção. Cidade sofre novo perigo com a construção de novo bairro apenas emendado ao final de outros mais antigos, sem planejamento de vias rápidas para o escoamento dos novos moradores. Sem grandes avenidas para escoar os novos e antigos moradores, tendência é de se criar áreas de dificuldade de acesso e isolamento da população.

A prática ocorreu com quase todos os bairros abertos no entorno do Palmital e em direção ao Norte, que foram abertos sem o planejamento de grandes avenidas ou vias expressas para o escoamento da população residente na área. Foram bairros que aproveitaram o trajeto da Avenida República (via que interliga o centro até o distrito de Padre Nóbrega), mas não criaram grandes vias transversais para facilitar a vida dos proprietários dos imóveis vendidos.

Assim nasceram bairros como o Castelo Branco, Jardim Lavínia e Jânio Quadros. Apenas uma avenida transversal em toda essa região foi criada para atender milhares de moradores: a avenida Mariápolis. Fora ela, apenas vias curtas, lentas, típicas de bairros residenciais, são oferecidas para a população para poder ir e vir de suas residências.

É que os paredões de pedra e mata nativa que cortam toda a cidade dificulta a urbanização de Marília, por criar barreiras naturais.

O município foi desenvolvido no platô (topo) de um espigão (elevação topográfica em formato radial, de raiz) que cria depressões (itambés ou paredões de pedra), reduzindo as opções de locomoção na cidade. O Palmital, por exemplo, fica a poucos metros do Bosque Municipal, mas são precisos 8 quilômetros para se circundar o buracão que separa a Zona Leste da Zona Norte, pelo centro da cidade.

Os bairros Palmital e seus adjacentes foram construídos ao lado destes paredões, que são utilizados por populações carentes como áreas de moradia irregular, também chamadas de favelas. A comunidade da Vila Barros é uma delas.

Como os novos bairros são apenas anexados aos antigos, como se fossem continuidade do bairro anterior, sofrem da ausência de vias largas e rápidas, que possam absorver o crescimento do tráfego de veículos utilizados pelos novos moradores.

A consequência é a dificuldade de acesso, maior tempo despendido nos percursos e perda de qualidade de vida. Imaginem o tempo despendido para o socorro ou emergência, em que um veículo precisa parar na esquina de cada quadra do bairro para se chegar ao destino final.

O planejamento urbano exige que a cidade conheça sua realidade por meio de um mapeamento em suas mais diversas áreas e, mais do que isso, projete a cidade do futuro para se antecipar aos seus problemas.

A avenida é uma via urbana de grande relevância em uma cidade, às vezes constituída por duas vias, de forma a permitir grande circulação de veículos.

Necessariamente precisa ser larga ou extensa, sendo que o critério normalmente utilizado para nomear uma via como avenida ou rua é sua importância relativa. Pode ser levado em consideração o fato de esta servir ou não como ponto de ligação entre outras vias e bairros importantes, conectando os serviços da região.

FONTE: JC MARÍLIA

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