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Seca deve ser mais rigorosa no inverno e produtores investem em alternativas para sofrerem menos impactos no ES

Pesquisadores do Instituto Terra apontam que nos próximos anos o cenário da seca deve se intensificar no Espírito Santo. O problema, que já atingiu o estado em 2022, fez com que várias cidades decretassem estado de emergência devido a morte de animais e baixa vazão dos rios. No inverno deste ano, a estiagem deve atingir o campo novamente, mas muitos produtores já estão atentos e tomando medidas para sofrerem menos impactos.

Pesquisadores do Instituto Terra apontam que nos próximos anos o cenário da seca deve se intensificar no Espírito Santo. O problema, que já atingiu o estado em 2022, fez com que várias cidades decretassem estado de emergência devido a morte de animais e baixa vazão dos rios. No inverno deste ano, a estiagem deve atingir o campo novamente, mas muitos produtores já estão atentos e tomando medidas para sofrerem menos impactos.

“Estamos entrando no período do El Niño. Aqui na Região Sul do Espírito Santo temos uma seca prolongada e temperaturas muito altas”, disse o engenheiro ambiental Henrique Lobo.

Este ano, segundo Lobo, essa combinação de ausência de chuva com altas temperaturas deve prejudicar os produtores rurais. Para amenizar a situação, algumas medidas podem ser adotadas pelos produtores rurais.

Um exemplo é o reflorestamento de áreas de topo de morro, que não devem ficar totalmente descobertas. Isso porque, quando a chuva cai por meio da vegetação, a água se infiltra no solo formando mananciais.

“A água quando infiltra no topo da montanha, pra ela sair da nascente ela gasta até seis meses pra isso. Com a chuva de janeiro, a nascente vai ter uma durabilidade até agosto. Mas com o efeito do El Ninõ entrando agora, as chuvas deste ano devem atrasar para o final de novembro e início de dezembro”, disse Henrique Lobo.

O agricultor Carlos Zito reflorestou cerca de 30% do sítio e implantou as chamadas “barraginhas” [mini barragens] para assegurar a água e evitar a escassez em sua propriedade, especialmente em períodos de seca.

“Quarenta e dois anos atrás não tinha nada, nenhuma árvore pra um boi se esconder. Plantamos a mata com a ajuda do Incaper e a prefeitura. Hoje, não tem problema de água na nossa propriedade. As nascentes aumentaram o volume de água com as matas que plantamos e as barragens podem servir a gente e até outros que precisarem”, disse o produtor rural.

Para o engenheiro Henrique Lobo, a preservação aliada a tecnologias e iniciativas simples, como as “barraginhas”, são fundamentais para que os produtores não enfrentem dificuldade no período da seca.

“Se pudermos fazer as barraginhas junto com a implantação das florestas, vai ter uma melhor preservação de água nesses pontos que são essenciais para nossos mananciais”, disse o engenheiro.

FONTE: G1

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