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Coletor do Município sofre corte com caco de louça e Secretaria Municipal de Limpeza Pública solicita à população que separe materiais cortantes do lixo comum

Com quase três décadas de dedicação à Limpeza Pública, Ednaldo Merlino, de 51 anos, sofreu um corte profundo no antebraço e recebeu 10 pontos

Faltavam vinte minutos para as 8 horas de terça-feira, dia 25 de julho, quando o agente operacional do setor de Limpeza Pública da Prefeitura Municipal de Marília, Ednaldo Merlino, de 51 anos, sofreu um corte profundo no antebraço direito ao retirar da lixeira um saco plástico muito pesado. “Quando segurei o saco, ele virou e o corte foi instantâneo”, relatou. Imediatamente os colegas de turno o socorreram, lavando o ferimento e aplicando os primeiros-socorros ali mesmo, no bairro Esmeralda III, na zona Leste de Marília. Um grande caco de prato de louça estava acomodado no mesmo compartimento do lixo comum, sem qualquer aviso ou proteção. Merlino foi levado ao ambulatório da Garagem Municipal, de onde seguiu para a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) da Zona Norte. Recebeu 10 pontos e desde então um afastamento médico por sete dias. Neste mesmo período, tomará antibióticos e analgésicos. “Doeu e ardeu muito”, relatou o servidor.

O acidente com Ednaldo Merlino, um trabalhador municipal concursado que possui cinco filhos e cinco netos, poderia ser evitado de um modo simples e prático: a separação de materiais cortantes, como cacos, vidros e metais pontiagudos, do resíduo doméstico comum. “Basta acomodar no interior de uma garrafa pet e identificar com a palavra cuidado, e pronto. Nada disso teria acontecido com o nosso colega de trabalho”, observou o também agente operacional Marcos Roberto da Silva, o Marquinhos. Marquinhos sempre transmite por onde trabalha as instruções para evitar tais problemas.

Além de cacos de vidros e de louças, os agentes da limpeza pública frequentemente se deparam com seringas, pontas de agulhas e agulhas de insulina. “Estes descartáveis precisam estar embalados em outros compartimentos, que pode ser uma caixa de papelão, no interior de uma garrafa pet ou até mesmo numa embalagem de leite longa-vida. Orientamos que a população faça também uma mensagem, escrevendo que ali contém algo perfurante”, orientou o secretário municipal de Limpeza Pública, Vanderlei Dolce. Outra orientação é quanto ao descarte de caixa de gordura, cujo conteúdo necessita estar acomodado em sacos plásticos reforçados – recomenda-se o uso de dois sacos nestes casos.  “O relevante é separar estes tipos de resíduos do lixo comum”, reiterou. Todos os coletores da Prefeitura Municipal de Marília trabalham com EPI (equipamento de proteção individual), que inclui luvas reforçadas.  

O coletor Ednaldo Merlino, após receber o curativo na UPA, retornou para sua casa e passa bem. Ele retornará ao trabalho ao término da licença de sete dias. “Peço para que as pessoas separem o lixo, identifiquem se há material cortante, pois a nossa missão é deixar a cidade limpa todos os dias e agora, no meu caso, pelos próximos dias não terei condições de trabalhar”, concluiu o agente operacional.

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