EntretenimentoVariedades

Disco do grupo Secos & Molhados, gravado em show em ginásio carioca, é reeditado em LP

 A reedição em LP do álbum Secos & Molhados – Gravado ao vivo no Maracanãzinho (1974) – disco lançado originalmente em 1980 pela gravadora Continental, seis anos após o registro do show – joga luz sobre título de precária qualidade técnica, mas imenso valor documental.

Em 10 fevereiro de 1974, quando o grupo Secos & Molhados subiu ao palco do ginásio carioca Maracanãzinho para se apresentar para 20 mil pessoas, o clima já estava bastante pesado entre Ney Matogrosso (voz), João Ricardo (vocal, violões e harmônica) e Gérson Conrad (vocal e violões) por divergências na gestão do grupo.

Alheio às tensões crescentes dos bastidores, o público que conseguira comprar um dos 20 mil ingressos posto às venda – estima-se que milhares de pessoas ficaram do lado de fora do ginásio – assistiu a um show histórico que consagrou o trio.

Na época, o grupo Secos & Molhados tinha lançado somente um único álbum. Foi do repertório blockbuster desse disco de 1973 que saíram sucessos nacionais como Rosa de Hiroshima (Gerson Conrad sobre poema de Vinicius de Moraes, 1973), Sangue latino (João Ricardo e Paulo Mendonça, 1973) e O vira (João Ricardo e Luhli, 1973).

Os três hits obviamente integraram o repertório do show ao lado da então inédita música Toada & rock & mambo & tango etc, parceria de João Ricardo com Luhli (1945 – 2018) que seria gravada no segundo álbum de estúdio do grupo em meados daquele ano de 1974.

Com o toque de banda formada por músicos como Emilio Carrera (piano e órgão), John Flavin (guitarra), Marcelo Frias (bateria e percussão), Sergio Rosadas (flauta) e Willy Verdaguer (baixo), o trio Secos & Molhados rebobinou oito músicas do álbum de estreia no show perpetuado em LP lançado somente em 1980 – quando João Ricardo tentava dar sobrevida ao grupo sem a presença, a voz e o magnetismo de Ney Matogrosso – e reeditado neste mês de agosto de 2023 pela Polysom, dentro da série Clássicos em vinil, como título indicado para colecionadores de discos pelo caráter mais documental da gravação ao vivo.

FONTE: G1 (POR MAURO FERREIRA)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *