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Mapa fortalece agropecuária pantaneira

Patrimônio Nacional do Brasil e reconhecido como Reserva da Biosfera pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Pantanal – considerado o menor bioma em extensão territorial – tem uma grande importância para o setor agropecuário brasileiro. Devido à sua importância para o Brasil, neste domingo (12) é celebrado o Dia Nacional do Pantanal.   

O bioma possui uma área aproximada de 140 mil quilômetros quadrados, equivalente a 1,8% de território dos biomas do país. São 15 milhões de hectares distribuídos em dois estados: Mato Grosso do Sul com 64,5% de área e Mato Grosso com 35,5%. Além do Brasil, o Pantanal ocupa áreas no Paraguai e na Bolívia.    

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em seu Atlas do Espaço Rural Brasileiro, publicado em 2020, 67,3% do bioma destinam-se somente a pastagens, que são a base da alimentação dos bovinos, atividade econômica fundamental para a região. Esse percentual divide-se em três: 45,3% são pastagens naturais; 20,5% são pastagens cultivadas em boas condições; e 1,5% são pastagens cultivadas degradadas.   

“É uma região que foi fundamental para o desenvolvimento econômico de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e que, agora, passa a contar com o reconhecimento do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para o desenvolvimento de seus municípios”, destacou o ministro Carlos Fávaro. 

Maior área alagável do planeta, o Pantanal tem na pecuária, atividade presente na região por mais de 300 anos, a principal base de sua economia. 

Com uma produção baseada em sistemas extensivos produtivos de cria e recria, é um importante fornecedor de bezerros para engorda no cerrado. A pecuária de corte que é desenvolvida na região é feita por meio do sistema “Land Sharing”.  

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) criou, por meio da unidade Embrapa Pantanal, uma ferramenta que avalia a sustentabilidade das fazendas (FPS_ Fazenda Pantaneira Sustentável) contribuindo para certificar e valorar as propriedades e também seus produtos, conforme explica a pesquisadora Sandra Santos.   

De acordo com o chefe adjunto de Transferência e Tecnologia da Embrapa Pantanal, Thiago Copolla, os pecuaristas pantaneiros adotam práticas de manejo e tecnologias sustentáveis específicas e desenvolvidas pela Embrapa Pantanal e seus parceiros com foco no aumento dessa produtividade de forma sustentável.   

“O produto originário da pecuária pantaneira carrega consigo um produto diferenciado que alia produção com tecnologia, conhecimento empírico e manejo sustentável da região”, disse ele.     

De acordo com a Superintendência Federal de Mato Grosso do Ministério da Agricultura e Pecuária (SFA-MT), são quase 8,1 milhões de cabeças de bovinos, sendo 4,1 milhões nas áreas de planície e os demais 3,96 em áreas de planalto. Em Mato Grosso do Sul, a atividade é realizada mais em áreas de planície e em Mato Grosso é o inverso, com mais bovinos em áreas de planalto.   

Ainda de acordo com a SFA-MT, são 650 espécies de aves (com destaque para o tuiuiú, símbolo do bioma), 152 de mamíferos, 127 de répteis, 60 de anfíbios e 269 de peixes de água doce. A flora pantaneira tem mais de 3,5 mil espécies de plantas terrestres e aquáticas.  

O Pantanal também favorece a piscicultura de peixes nativos, apicultura, linhas de cosméticos, turismo de pesca amadora e de observação da natureza e demais produtos originários da bioeconomia do bioma.   

BID PANTANAL   

O Mapa criou o programa BID Pantanal com o objetivo de promover ações de fortalecimento econômico, social e ambiental no bioma. Com investimentos de U$ 400 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o programa visa estimular o desenvolvimento local.  

As ações serão realizadas em seis municípios de Mato Grosso do Sul, com benefícios à população de 24 cidades, e em 12 municípios da Baixada Cuiabana, no pantanal mato-grossense.   

São projetos em diferentes vertentes que incluem o fomento à produção agropecuária e agroflorestal, escoamento da produção, beneficiamento e acesso a mercados, restauração ambiental e produtiva da bacia do Alto Taquari com melhoramento de pastagens, restauração de voçorocas e recuperação das matas ciliares, valorizando o produto pantaneiro.   

Após as visitas técnicas nas cidades que serão contempladas pelo programa, o próximo passo é a entrega da carta consulta ao BID. A expectativa que a carta seja entregue ao banco no início de 2024 e que, caso aprovado, o programa já tenha recursos financeiros liberados no segundo semestre do próximo ano. 

FONTE:MAPA

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