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Casas desocupadas no Japão se tornam alvo frequente de ladrões, incluindo estrangeiros

 O Japão tem registrado um aumento nos casos de furtos em casas desocupadas no Japão, um problema crescente que tem chamado a atenção das autoridades, informou o jornal Yomiuri neste domingo (26).

Entre janeiro e novembro do ano passado, o valor total das perdas ultrapassou 1,1 bilhão de ienes, um aumento de mais de 300 milhões de ienes em relação ao mesmo período do ano anterior.

A região com o maior número de casos foi Saitama, com 1.058 ocorrências. Em seguida, vieram Gunma, com 775 casos, e Chiba, com 673, destacando-se o aumento significativo na região Kanto.

Em áreas como Tohoku, onde os danos eram anteriormente menores, os casos dispararam: em Yamagata, houve um aumento de 1 para 94 casos, e em Iwate, de 7 para 89.

Na região de Chubu, também houve crescimento, com Shizuoka registrando 288 casos (209 a mais que no mesmo período do ano anterior) e Yamanashi, 67 casos (48 a mais).

Em partes de Kyushu, os aumentos também foram significativos, com Kumamoto contabilizando 48 casos (30 a mais) e Oita, 60 casos (37 a mais).

Os criminosos utilizam métodos estratégicos para identificar casas desocupadas, como aplicativos de mapas para localizar possíveis alvos e verificações in loco de sinais de abandono, como falta de uso de eletricidade e água.

Essas propriedades são visadas porque oferecem menor risco de detecção e mais tempo para explorar o local.

Os objetos de valor furtados, como joias e eletrônicos, geralmente são revendidos em lojas de segunda mão.

Nos últimos anos, têm sido frequentes os casos envolvendo grupos de estrangeiros. Um trio de vietnamitas, dois homens e uma mulher, foi preso pela polícia da província de Gunma por cometer cerca de 420 furtos, principalmente em casas desocupadas, entre setembro de 2023 e julho do ano passado, nas províncias de Gunma, Tochigi, Saitama e Niigata.

Um dos acusados disse que muitas casas, apesar de estarem desocupadas, ainda guardam eletrodomésticos e itens de valor. Um oficial da Agência Nacional de Polícia comentou que casas vazias relativamente novas são frequentemente invadidas. Há também grupos que focam em propriedades deixadas desocupadas por longos períodos, devido a viagens de trabalho de médio ou longo prazo.

O aumento no número de casas vazias no país é outro fator que contribui para o problema. De acordo com dados de 2023, o Japão possui cerca de 9 milhões de residências desocupadas, o maior número já registrado, sendo que 386 mil delas são consideradas abandonadas, sem uso para moradia ou aluguel.

Para combater o problema, especialistas recomendam a adoção de medidas preventivas, como a manutenção regular das propriedades para evitar a aparência de abandono. Isso inclui a coleta de correspondências, corte de grama e instalação de dispositivos de segurança, como sensores de movimento, alarmes e luzes programadas para simular a presença de moradores.

Foto: iStockphoto

FONTE: ALTERNATIVA ON LINE

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