Familiares de mulher que faleceu sob custódia da imigração exigem imagens completas de vigilância
Familiares de Wishma Sandamali, uma mulher procedente do Sri Lanka que faleceu em um centro de detenção de imigrantes localizado na parte central do Japão, entraram com outra ação judicial. Eles exigem a divulgação completa das imagens de vigilância tomadas durante o período em que Wishma se encontrava sob custódia.
Wishma morreu na instalação administrada pelo Departamento Regional de Serviços de Imigração de Nagoya, na cidade de Nagoya, em 6 de março de 2021, após declarar problemas de saúde. Ela tinha 33 anos de idade.
Em 2022, seus familiares entraram com uma ação judicial no Tribunal Distrital de Nagoya exigindo ressarcimento por parte do governo. O governo divulgou como evidências cerca de cinco horas de imagens de vigilância de um total de 295 horas gravadas.
Em fevereiro, a família de Wishma solicitou ao escritório de Nagoya a divulgação de todas as imagens. Contudo a instituição recusou, dizendo que as imagens contêm informações de segurança e que divulgá-las poderia prejudicar as operações para a manutenção da ordem.
Deste modo, os familiares entraram com a ação no Tribunal Distrital de Tóquio, na terça-feira.
A irmã de Wishma, Poornima, disse que, mesmo tendo passado quatro anos, os vídeos não foram totalmente divulgados. Ela disse que as imagens pertencem à irmã e a sua família, e não ao Estado.
O Departamento Regional de Serviços de Imigração de Nagoya disse que vai analisar o processo e tomar as medidas adequadas.
FONTE: NHK PORTUGUES