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ASSOCIAÇÕES DE MORADORES SE UNEM À MATRA NA LUTA CONTRA A CONCESSÃO DO DAEM

Representantes de 8 (oito) associações de moradores, das quatro regiões da cidade, se uniram à OSCIP MATRA na luta contra a concessão do DAEM (Departamento de Água e Esgoto de Marília) à iniciativa privada.

Juntas essas entidades estão coletando assinaturas para tentar evitar que o DAEM deixe de ser público, ou seja, da população de Marília, e passe a ser administrado por uma empresa privada.

“Não estamos dizendo com esse movimento que está tudo certo com o DAEM ou que não sabemos que uma boa parte da população sofre com problemas no abastecimento de água. O que pretendemos é mostrar que com uma boa gestão, com responsabilidade na administração do Departamento, dá para oferecer um serviço de excelente qualidade com um custo menor para a população”, disse Walter de Freitas, Presidente da MATRA.

A MATRA já apontou em diversos artigos (disponíveis nos links abaixo) que, embora os investimentos necessários sejam elevados para garantir a captação, o tratamento e a distribuição de água para toda a população, além da coleta e o tratamento do esgoto, com planejamento e uma boa gestão é possível realizar as adequações dentro do prazo estabelecido no Marco Regulatório do Saneamento Básico, sem precisar conceder ou privatizar o DAEM, já que a concessão certamente vai representar aumento na conta de água para a população, indústria e comércio local.

Para afirmar o contrário, a Prefeitura deveria apresentar os dados referentes à situação financeira do DAEM (balanços, contas a pagar, custos e volume de água tratada, taxa de inadimplência, etc.), mas esses dados não foram apresentados nas audiências públicas, nem estão disponíveis no Portal da Transparência.

“A sociedade tem que se unir por aquilo que acha que é certo. Muita gente é contrária à concessão e se deixar assim, à toque de caixa, o DAEM será concedido por 35 ou até 70 anos e aí nós vamos nos arrepender lá na frente. Temos exemplos de outras cidades que tiveram o serviço concedido e que tiveram que voltar atrás por problemas enfrentados pela população. Nós temos a chance de discutir melhor essa proposta antes da realização desta licitação, por isso estamos fazendo esse movimento para mobilizar mais pessoas da sociedade e tentar fazer o Prefeito adiar a abertura dessa Licitação, até que todas as dúvidas tenham sido sanadas e as alternativas amplamente discutidas”, completou o Presidente da MATRA.

Opinião compartilhada por muitas pessoas, como o Darcy Bueno da Silva, que é integrante da MATRA e Presidente da Sociedade Comunitária dos Amigos e Moradores do Prolongamento Palmital: “esperamos que o Prefeito respeite a vontade popular de que o DAEM continue sob a gestão do município, ou pelo menos acate a ideia de convocar uma nova Audiência Pública, em local e horário apropriados para ouvir de fato o cidadão e analisar com mais clareza essa famigerada concessão”. E ele completou: “Uma decisão tão importante, que vai afetar a vida de toda a população por no mínimo 35 anos, não pode ser tomada dessa forma. Na minha opinião as Audiências Públicas em Marília foram transformadas em simples reuniões de apresentação de projetos já definidos, realizadas somente para cumprir formalidades. A exemplo das duas últimas reuniões chamadas de Audiências Públicas, marcadas em horário comercial, ou seja, impróprio para a participação dos trabalhadores, com obrigatoriedade de inscrição antecipada pela internet e com manifestações podendo ser feitas apenas por meio de perguntas por escrito, sem direito a contestações. Pra mim, isso é uma uma audiência de Faz de Conta”.

Além da MATRA e da Associação de Moradores do Palmital, na zona norte, outras sete Associações de Moradores estão distribuindo folhas do abaixo-assinado por toda a cidade (Associação do Figueirinha – zona norte; Associação do São Miguel – zona oeste; Associação de moradores do Jardim Teruel e adjacências – zona oeste; Alto Cafezal – zona oeste; Jardim Julieta e Santa Antonieta III– zona norte; Sítios de Recreio Santa Carolina – zona leste e Associação do Bairro Costa e Silva – zona sul).

“Sou contra a concessão do DAEM porque já morei em cidade que o serviço é privatizado e a conta de água é bem mais cara”, afirmou Aparecida de Fátima Guidolin, Presidente da Associação de Moradores do Bairro Figueirinha.

“Se as pessoas não se manifestam agora, depois de aprovado dificilmente será revogado. Esperamos que o Prefeito e os vereadores vejam que a população não está a favor dessa proposta de concessão do DAEM”, manifestou Nésio da Guia Santana, Presidente da Associação dos Moradores dos Bairros Teruel, Vila Maria, Comerciários 1 e 2.

“Não faço parte de associação de moradores, mas como cidadão acredito que a inexistência de audiências públicas nos bairros foi lamentável, denotando falta de transparência e bom senso. É fundamental que as pessoas se manifestem e assinem o abaixo-assinado”, disse Ricardo Cavichioli, que se uniu ao movimento contra a concessão do DAEM.

Procure a Associação de moradores do bairro onde você mora e pergunte pelo abaixo-assinado.  Também é possível assinar virtualmente por meio do link no alto da página. E no próximo sábado, dia 19 de novembrodas 09h às 13h, haverá uma grande ação de coleta de assinaturas na rua nove de julho, no centro da cidade (em frente ao Shopping Atenas). Participe, porque Marília tem dono, VOCÊ!

FONTE : MATRA

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