Milho se acomoda levemente mais alto na B3 nesta 2ªfeira
A segunda-feira (18) chega ao final com os preços futuros do milho se sustentando levemente mais altos ao longo de todo o pregão, iniciando uma nova semana na mesma toda com que encerraram a anterior.
O vencimento novembro/21 foi cotado à R$ 89,50 com ganho de 0,56%, o janeiro/22 valeu R$ 89,50 com elevação de 0,67%, o março/22 foi negociado por R$ 90,07 com alta de 0,65% e o maio/22 teve valor de R$ 87,50 com valorização de 0,69%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado está começando a se acomodar. “Já tinha recuado bem nas últimas semanas e agora não mostra muito espaço de baixa acentuada e também o espaço de alto é muito pequeno”, diz.
Brandalizze explica que temos ainda poucas semanas de negócios neste ano e as grandes indústrias continuam levando da mão pra boca, já se acomodando para o fechamento do ano. “Depois de 15 de novembro poucos compradores aparecem para o milho então é um mercado de calmaria”.
Nas três primeiras semanas de outubro o Brasil exportou 696.346,6 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O volume acumulado nestes dez primeiros dias úteis do mês representa apenas de 13,91% das 5.003.812,9 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de outubro de 2020. Por outro lado, o preço por tonelada obtido registrou elevação de 25,99% no período, saindo dos US$ 166,80 no ano passado para US$ 210,10 neste mês de outubro.
No mesmo período, o Brasil importou um acumulado de 280.241,5 toneladas de milho não moído, de acordo com os dados divulgados pela Secex. Isso significa que, nos dez primeiros dias úteis do mês, o país já recebeu 46,8% a mais do que todo o registrado em outubro de 2020 (190.809,9 toneladas).
O décimo mês de 2021 também representou elevações nos valores médios diários gastos que saíram de US$ 1.250,7 mil em 2020 para US$ 6.681,3 mil em 2021, aumento de 434,2% e nos preços dispensados por tonelada importada, que subiram 81,86% saindo de US$ 131,10 para US$ 238,40.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho se movimentou pouco neste início de semana, com poucas altas e poucas baixas. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações apenas em Maracaju/MS e Campo Grande/MS. Já as desvalorizações apareceram somente em Brasília/DF, São Gabriel do Oeste/MS e Luís Eduardo Magalhães/BA.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que os preços do milho seguem em queda na maioria das regiões brasileiras. Entre 8 e 15 de outubro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) caiu 0,93%, fechando a R$ 90,18/saca de 60 kg nessa sexta-feira, 15.
“Apesar da quebra de produção na safra 2020/21, consumidores mantêm baixo o interesse de aquisição de novos lotes, atentos à melhora do clima, que tem favorecido a temporada de verão brasileira, e nas exportações desaquecidas. Parte dos vendedores nacionais, por sua vez, precisa liberar armazéns para limpeza e organização da safra verão ou, em algumas regiões, para a entrada do trigo”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) foi ganhando força ao longo da segunda-feira e encerrou o primeiro dia da semana acumulando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3).
O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,32 com valorização de 7,00 pontos, o março/22 valeu US$ 5,40 com ganho de 6,25 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,44 com elevação de 5,50 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,44 com alta de 4,75 pontos.
Esses índices representam elevações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (15), de 1,33% para o dezembro/21, de 1,12% para o março/22, de 1,12% para o maio/22 e de 0,93% para o julho/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho nos Estados Unidos subiram na segunda-feira, recuperando-se das últimas quedas, enquanto os traders se concentraram nos temores de o aumento dos preços dos fertilizantes restringir as plantações de milho no próximo ano, juntamente com dados de inspeções de exportação semanais dos EUA mais fortes do que o esperado.
“Os preços do milho encontram suporte com a queda nos rendimentos e temores de que a área plantada caia globalmente devido aos altos custos dos insumos em 2022”, escreveu Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX, em nota ao cliente.
O mercado também encontrou apoio adicional, já que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) relatou inspeções de exportação de milho dos EUA na última semana em 976.218 toneladas, acima de uma gama de estimativas comerciais e a maior contagem semanal desde o início de agosto.
FONTE : NOTICIAS AGRICOLAS (Guilherme Dorigatti)