ONU envia apoio emergencial após terremoto na Turquia e na Síria
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que as Nações Unidas estão “totalmente empenhadas em apoiar a resposta” nas áreas afetadas pelo terremoto que atingiu Turquia e Síria na madrugada desta segunda-feira.
Segundo ele, as equipes da ONU estão no terreno avaliando as necessidades e prestando assistência. Guterres disse que a organização conta com a comunidade internacional para ajudar os milhares atingidos pelo desastre.
© Unocha/Ali Haj Suleiman
Busca por sobreviventes continua em Samada, na Síria, após terremoto de 6 de fevereiro
Desastre
Em sua mensagem, o chefe das Nações Unidas também lembrou que muitas vítimas “já precisam urgentemente de ajuda humanitária em áreas onde o acesso é um desafio”.
De acordo com o Escritório para Assuntos Humanitários da ONU, Ocha, cerca de 2 mil mortes foram reportadas na Turquia e no norte da Síria após o tremor de 7,8 de magnitude na escala Richter atingir a região.
O epicentro ocorreu na cidade turca de Gaziantepe, na fronteira com a Síria. A cidade é um importante centro de ajuda humanitária para os sírios, que vivem em situação de guerra há 12 anos.
Até a manhã desta segunda-feira, os veículos de imprensa internacionais afirmam que as autoridades turcas relatam que 1,1 mil pessoas morreram após o primeiro sismo e mais de 5,3 mil ficaram feridas.
Já na Síria, as agências de notícias reportam mais de 780 mortes e 2 mil feridos. Os números ainda estão sendo atualizados. O tremor também foi sentido no Líbano, Chipre e Israel.
Apoio internacional
Segundo o Ocha, pelo menos 78 tremores secundários foram relatados, seguidos por um segundo terremoto de magnitude 7,5 no início da tarde do horário local. O governo turco emitiu um alarme de nível 4, pedindo ajuda internacional.
O Escritório para Assuntos Humanitários alerta que terremoto afetou fortemente o noroeste da Síria, uma região onde 4,1 milhões de pessoas dependem hoje de assistência humanitária.
No momento, as comunidades sírias são simultaneamente atingidas por um surto contínuo de cólera e eventos de inverno rigoroso, incluindo fortes chuvas e neve no fim de semana.
O Ocha afirma que a resposta humanitária está sobrecarregada com uma lacuna de financiamento de 48% identificada para o último trimestre de 2022, o equivalente a US$ 371,1 milhões.
© Unocha/Ali Haj Suleiman
Vítima do terremoto de 6 de fevereiro é atendida em Samada, na Síria.
Atuação da ONU
Os Escritórios da ONU na Turquia e na Síria afirmaram estar prontos para levar assistência às áreas mais atingidas e lamentaram as mortes e destruição causadas pelo terremoto.
Em seu perfil nas redes sociais, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, afirmou que as autoridades nacionais estão trabalhando na busca e resgate no momento.
Segundo Tedros Ghebreyesus, equipes médicas da OMS foram atividades para fornecer suporte de saúde para feridos e mais vulneráveis nos dois países. Ele também expressou seus sentimentos às famílias e vítimas.
O Escritório da OMS na Europa afirmou estar empenhado em ajudar a Turquia a identificar necessidades imediatas e garantir uma resposta rápida. A agência de saúde também declarou estar pronta para fornecer apoio ao povo e aos governos para lidar com a emergência.
Resposta
A Agência da ONU para Refugiados na Síria também afirmou estar entristecido pelas mortes causadas pelo terremoto. O Acnur adicionou que já está atuando em uma resposta conjunta com outras entidades das Nações Unidas e parceiros para apoiar os sírios afetados.
O Fundo das Nações Unidas para Infância, Unicef, também confirmou que está pronto para apoiar a resposta. A diretora executiva da agência, Catherine Russell, expressou seus sentimentos, especialmente as crianças e famílias afetadas.
A Organização Internacional para Migrações, OIM, afirmou que sua base em Gaziantepe preparou itens de ajuda essencial para serem enviados.
O diretor-geral da OIM expressou sua solidariedade em seu perfil do Twitter para todos os afetados pelo tremor e reforçou que a entidade vai trabalhar em colaboração com os governos para apoiar as vítimas.
FONTE: ONU NEWS