Dispersão de pólen atingirá pico nesta quinzena de março
O fenômeno ocasiona a febre do feno, ou kafunsho, que afeta 42,5% da população no Japão
Apesar da chuva que atingiu boa parte do país nos últimos dias, o alívio na dispersão de pólen de cedro será de curta duração. Os níveis devem atingir o pico nesta segunda quinzena de março em cidades como Takamatsu (Kagawa), Osaka, Nagoia (Aichi) e Kanazawa (Ishikawa), levando milhões de pessoas a ter sintomas como coceira nos olhos, nariz escorrendo e ataques de espirros.
Yoshie Nakamura, porta-voz do Weathernews, disse que a dispersão do pólen poderá atingir níveis extremos em Tóquio. “Fukuoka, Hiroshima e Tóquio devem atingir o nível mais alto de dispersão de pólen. Máscaras, óculos e outras medidas de proteção serão essenciais para quem sofre de alergias”, disse ela, noticiou o Japan Times.
Os altos níveis de pólen de cedro persistirão até o final deste mês em Tóquio e Sendai, seguidos pelo pico de pólen de cipreste do final de março ao início de abril.
Nakamura disse que será um pico duplo na intensidade do pólen, pedindo para as pessoas se preparem.
Febre do feno
O fenômeno ocasiona a febre do feno, ou kafunsho, que afeta 42,5% da população no Japão, segundo uma pesquisa feita em 2019.
Em termos comparativos, de 10% a 30% do resto da população mundial sofre de febre do feno, segundo a Organização Mundial de Alergia.
A origem do problema está no pós-guerra, quando o Japão decidiu reflorestar algumas áreas, plantando cedros e ciprestes. O problema é que com o tempo estas árvores começaram a liberar enormes quantidades de pólen a cada primavera, condição que piora com a urbanização e com a poluição do ar.
Já o governo tenta remediar, aumentando a produção de medicamentos que tragam alívio a quem sofre de alergia ao pólen.
As empresas farmacêuticas trabalham para desenvolver tratamentos, como a imunoterapia sublingual de longo prazo, que elimina a sensibilidade dos pacientes a alérgenos como o pólen de cedro. O governo quer dobrar de 250.000 para 500.000 pessoas passando por esse tratamento.
Seiyo O, professor especializado em alergias ao pólen na Universidade Saitama, recomenda aos alérgicos o uso de máscara e óculos, além da troca de roupa quando chegar em casa.
“Tome banho para lavar as partículas remanescentes, evite abrir janelas e coloque um purificador de ar perto da sua entrada para capturar alérgenos antes que eles se espalhem para dentro de casa”, sugere.
Foto: Photo AC
FONTE: ALTERNATIVA ON LINE