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Ibovespa interrompe sequência de alta e fecha em leve queda; dólar cai pelo terceiro dia seguido

Depois de uma sessão inteira operando entre perdas e ganhos, o Ibovespa terminou o dia com uma ligeira queda. O índice recuou 0,15% no fechamento, aos 105.529 pontos e com um giro financeiro de R$ 27,4 bilhões. Frigoríficos, petrolíferas e ficaram entre as principais altas do Ibovespa no final do dia. Ações de tecnologia e varejo, entre as maiores baixas do índice.

Mais uma vez, a Bolsa brasileira se destacou em relação ao exterior, com os índices em Nova York cedendo mais uma vez à expectativa de aumento de juros nos Estados Unidos.

No Brasil, por sua vez, um dado um pouco mais animador: o volume de serviços cresceu 2,4% em novembro do ano passado frente outubro, bem acima do esperado. Contudo, segundo economistas do mercado financeiro, o momento exige cautela, com um cenário desafiador no horizonte.

“Uma notícia muito boa faz preço, depois o investidor vende e a Bolsa oscila durante o dia. Não tem nenhuma notícia muito ruim de fato nem notícias internas que consigam dar sustentabilidade ao índice, que fica exposto à pressão de queda que vem lá fora”, afirma Rodrigo Franchini, sócio do Monte Bravo Investimentos.

“A notícia de hoje que pode dar uma luz do que ainda está por vir é o decreto de Bolsonaro cedendo mais autonomia à Casa Civil na execução do Orçamento. E colocando Paulo Guedes mais como coadjuvante do que protagonista nessa pauta”, afirma João Beck, economista e sócio da BRA.

Os índices em Wall Street chegaram a subir durante parte do pregão, mas passaram para o vermelho após falas da nova vice-presidente do Federal Reserve, Lael Brainard, no Senado.

Ela confirmou que o tapering (retirada de estímulos) se encerra no fim do primeiro trimestre deste ano e que, após esse processo, o Fed estará pronto para iniciar altas dos juros.

Os preços ao produtor nos EUA (PPI), divulgados pela manhã, fecharam o ano de 2021 com alta de 9,7%, maior nível desde o início da série histórica, mas abaixo do esperado.

As Bolsas nos Estados Unidos sofreram uma forte baixa nesta quinta-feira (13). O Dow Jones fechou em queda de 0,48% a 36.115 pontos; o S&P 500 recuou 1,42%, a 4.659 pontos; a Bolsa de tecnologia Nasdaq, mais sensível a alta dos juros, fechou em baixa de 2,51%, a 14.806 pontos.

“O Fed [Banco Central Americano] vem elevando cada vez mais o tom em relação a necessidade de ajuste de sua política monetária. A alta da taxa de juros lá fora pode pressionar para cima a nossa taxa de juros daqui”, diz Beck.

No mercado de juros futuros, os contratos terminaram a sessão com tendências mistas: o DI para janeiro de 2023 subiu oito pontos-base, a 11,94%; DI para janeiro de 2025 fechou em 11,20; para 2027, em 11,16%; e para janeiro de 2029, em 11,27% – os três vencimentos fecharam estáveis.

Fechando em queda pelo terceiro dia consecutivo, o dólar recuou 0,10%, a R$ 5,529 na compra e a R$ 5,530 na venda. Na máxima de hoje, atingiu R$ 5,556 e na mínima R$ 5,501.

As Bolsas europeias fecham de forma mista, com os investidores digerindo os últimos dados de inflação nos EUA.

  • Euro Stoxx 600: -0,03%
  • DAX (Frankfurt): +0,13%
  • FTSE 100 (Londres): +0,16%
  • CAC 40 (Paris): -0,50%

Os preços do petróleo no mercado internacional, por sua vez, recuaram.

  • WTI (fevereiro): -0,98% (US$ 81,93)
  • Brent (março): -0,57% (US$ 84,19)

FONTE: INFOMONEY( POR  Mitchel Diniz)

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