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Cabo Verde pede “multilateralismo que apela a menos confrontação”

O chefe de Estado de Cabo Verde, José Maria Neves, pediu o reforço do multilateralismo em discurso na 77ª sessão da Assembleia Geral.

“Cabo Verde defende um multilateralismo efetivo, inclusivo, preventivo, dissuasivo e cooperativo, que possa estabelecer como já foi afirmado, um novo acordo global entre Estados, assim como uma nova governança global do sistema internacional. Um multilateralismo que apela a menos confrontação entre blocos e a mais cooperação entre os Estados-membros na construção e na entrega de bens públicos globais para todos, quais sejam, a paz e segurança, os direitos humanos e o desenvolvimento sustentável.”

Impacto

O líder cabo-verdiano pediu maior atuação global na busca de soluções, na estabilidade e no financiamento ao desenvolvimento. A democratização em relações internacionais para incentivar o avanço dos países é um outro requisito mencionado por José Maria Neves.

Como alvo da atuação pelo multilateralismo ele apontou a recuperação e reconstrução global após várias crises. O presidente detalhou os efeitos sofridos no arquipélago de 10 ilhas, ao destacar que Cabo Verde não retrocederá de suas ambições.

“O impacto econômico e social de múltiplas crises: a crise econômica e financeira de 2007-2008, no preciso momento da nossa graduação do grupo dos PMA, a pandemia da Covid-9, que provocou uma recessão em 2020 de 14,6%, o impacto inflacionista em curso, assim como, nos últimos cinco anos, uma das maiores e mais graves secas da sua história recente. Mas, como os demais Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, Cabo Verde tem a ambição de se tornar num Pequeno Estado Insular Desenvolvido.”

Cabo Verde pretende atingir tais objetivos superando vulnerabilidades e sendo mais resiliente, competitivo, inclusivo e sustentável com o auxílio internacional.Cabo Verde pretende assumir um papel relevante para enriquecer o patrimônio natural e cultural africano

IPC Cabo Verde

Cabo Verde pretende assumir um papel relevante para enriquecer o patrimônio natural e cultural africano

O presidente lembrou a situação insular de Cabo Verde, a mesma de cinco nações africanas, incluindo a Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.

Patrimônio natural e cultural

No discurso, o chefe de Estado anunciou que pretende assumir um papel relevante para enriquecer o patrimônio natural e cultural do continente africano.

“Investir na Preservação do Patrimônio Natural e Cultural de toda a África, e refletir sobre como promover a justiça climática e a equidade em África e para África. Trata-se de procurar chegar a um consenso sobre uma noção mais flexível e menos abstrata de equidade climática que coloca no centro do debate público e global as responsabilidades comuns, mas diferenciadas, e criar uma plataforma comum para África com vista à transferência de responsabilidades numa base intergeracional.”

José Maria Neves disse que valorizar a riqueza cultural é uma obrigação para o desenvolvimento sustentável, para a redução da pobreza e para a paz no continente.

A proposta cabo-verdiana é ajudar a preservar o patrimônio criando uma classificação de roteiros turísticos e uma agenda dos maiores eventos  a serem realizados na região africana. 

FONTE : ONU NEWS

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