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Agência confirma 6 casos aparentes de discriminação racial por policiais

A Agência Nacional de Polícia confirmou seis casos de aparente perfil racial na abordagem de policiais a estrangeiros em Tóquio, Kanagawa, Osaka e Miyagi. Os policiais teriam feito questionamentos inapropriados com base, na maioria das vezes, na aparência dos suspeitos, publicou o jornal Asahi. 

A Agência informou na quarta-feira (16) os resultados de um levantamento com base em reclamações feitas às comissões de segurança pública por cidadãos estrangeiros que se sentiram vítimas de discriminação racial. 

Os motivos alegados para parar estrangeiros incluíam ser “incomum que estrangeiros dirijam carros” e “pessoas que têm cabelo no estilo dreadlocks teriam drogas”. 

Dos seis casos confirmados, dois envolvem policiais metropolitanos de Tóquio e também da província de Kanagawa, além de outros nas províncias de Osaka e Miyagi. 

Na quinta-feira (17), o comissário geral da Agência, Yasuhiro Tsuyuki, disse: “Continuaremos a garantir que todos os policiais estejam completamente familiarizados com o questionamento apropriado com base na lei.”

O assunto veio à tona em dezembro de 2021, quando a Embaixada dos Estados Unidos publicou um tuíte pedindo que os cidadãos norte-americanos no Japão estivessem cientes de que poderiam ser vítimas de discriminação racial. O assunto mobilizou a organização dos advogados de Tóquio e também foi parar no Parlamento que, em março, fez com que a Agência de Polícia investigasse as ocorrências. 

A Agência disse que nos seis casos de conduta imprópria os policiais não discriminaram as pessoas por motivo racial nem por causa de suas nacionalidades. 

Mas em dezembro de 2021 a Agência havia pedido aos seus comandados que evitassem questionar pessoas de modo que a ação pudesse ser mal interpretada como discriminatória.

A polícia não informou se houve qualquer tipo de punição aos policiais envolvidos nos seis casos, mas em outubro os chefes dos departamentos participaram de uma reunião para garantir que seus comandados possam abordem as pessoas de um jeito que não dê margem a outras interpretações. 

FONTE: ALTERNATIVA ON LINE

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