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2024 poderá ser o ano mais quente da História; é hora de agir

As temperaturas ultrapassaram os 53°C nos EUA e inundações atingiram a Coreia do Sul e a Índia nesta semana. Em partes da Itália, os termômetros registraram mais de 46ºC. A capital chinesa, Pequim, enfrentou 27 dias seguidos com mais de 35ºC – vale lembrar que a China passou por um inverno de -50ºC seis meses atrás. 

Na quinta-feira (20), a Nasa informou que 2023 provavelmente será o ano mais quente já registrado desde 1850, quando começaram as medições de temperatura. Já 2024, pasmem, poderá ser ainda mais quente! Enquanto não se confirmam as previsões, 2016 é, até o momento, o ano com as maiores temperaturas. Ou seja, tudo indica que teremos três recordes globais de temperatura em um período de apenas oito anos.

A Nasa já havia informado, no começo do mês, que junho foi o mês mais quente já registrado no planeta. Veja a imagem abaixo que a agência divulgou sobre as temperaturas globais em junho:

As consequências direta e indiretamente mostram que ninguém tem a ganhar com tanto calor e tempestades. Entre vários exemplos, destacamos:

  • O calor afeta nosso bem estar e qualidade de vida com cansaço excessivo, dores de cabeça, fadiga, desidratação e, em casos mais extremos e em pessoas mais vulneráveis, como idosos, o calor pode levar à morte;
  • Se você tiver sorte – e dinheiro – pode amenizar os efeitos do calor se isolando em ambientes com ar condicionado, mas para os demais seres vivos do meio ambiente, isso não é possível. Estudos recentes têm mostrado que eles também sofrem e podem morrer com as altas temperaturas;
  • Embora a dengue seja endêmica na maioria dos países da América Latina, as mudanças climáticas vêm ampliando as áreas que o mosquito pode habitar, de acordo com um alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS). Já se observa um número cada vez maior de casos na França e Espanha, por exemplo;
  • Ainda segundo a OMS, há fortes evidências de que o aquecimento global já empurrou os mosquitos transmissores da malária para pontos mais altos do planeta, mais distantes dos trópicos, espalhando a doença.

Justiça Climática

As últimas semanas mostram que é inegável que as mudanças climáticas são uma realidade global, mas sabemos que suas consequências impactam as regiões de forma desigual, pois é nas periferias dos países do sul global que eventos extremos mais ameaçam a vida das pessoas. E é por isso que precisamos falar sobre justiça climática

O Greenpeace Brasil acredita que as soluções precisam ser elaboradas em espaços que garantam a participação nos processos decisórios das pessoas mais afetadas pela crise climática, para que, juntos, possamos cobrar dos governos e tomadores de decisão a implementação de medidas urgentes que evitem novas tragédias.

Em 15 de março de 2022, um mês após a tragédia em Petrópolis, RJ, o Greenpeace Brasil levou para a frente do Palácio Guanabara, sede do governo do estado do Rio de Janeiro, 233 sinalizadores e mini coroas de flores. A ação teve como objetivo prestar homenagem às vítimas das enchentes e deslizamentos que atingiram o município em fevereiro e pressionar o governador para que decretasse Emergência Climática.

Veja como o Greenpeace Brasil tem atuado junto a comunidades mais expostas às vulnerabilidades climáticas para ecoar na justiça climática. 

E se você tem entre 18 e 35 anos e faz parte de movimentos, coletivos ou ONGs que atuam com a causa climática e quer se juntar às ações do Greenpeace Brasil, inscreva-se no Adaptajuv: Advocacy, Adaptação e Juventudes pelo Clima. Essa é uma oportunidade de você incidir na agenda climática e de adaptação do seu município. Conheça o edital e o projeto aqui.

É hora de agir: mobilize-se! 

Você pode fazer parte da luta contra a crise do clima de diversas maneiras. A primeira delas é se informar! 

FONTE: GREENPEACE BRASIL

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