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Em um ano, número de refugiados rohingya no sudeste da Ásia mais que triplicou

Nos últimos meses, o número de refugiados rohingya que chegaram ao sudeste da Ásia por rotas marítimas e terrestres aumentou drasticamente. A minoria de origem muçulmana afirma ser alvo de uma perseguição sistêmica em Mianmar.

De acordo com a Organização Internacional para Migrações, OIM, no ano passado, foram quase 3,3 mil chegadas para Indonésia, Malásia e Tailândia.  Em comparação a 2021, a alta representa o triplo de entradas.

A OIM está fornecendo assistência médica aos refugiados Rohingya recém-chegados

IOM

A OIM está fornecendo assistência médica aos refugiados Rohingya recém-chegados

Maioria das chegadas foi na Indonésia

Segundo agências de notícias, os refugiados fazem trajetos perigosos em busca de uma vida melhor fora dos acampamentos superlotados em Bangladesh. Outras razões são o aumento da criminalidade nesses campos e a falta de oportunidades de educação e trabalho.

Somente nos primeiros 23 dias deste ano, foram registradas 300 chegadas. Com isso, a agência da ONU está ampliando suas operações para dar assistência aos refugiados.

A diretora regional da OIM para a Ásia e o Pacífico, Sarah Lou Ysmael Arriola, disse que, desde o início da crise dos refugiados rohingya, a OIM tem sido firme em fornecer o apoio humanitário necessário. Desde 2020, mais de 3 mil rohingyas na Indonésia, Malásia e Tailândia receberam assistência direta.

Na Indonésia, o maior destino, a OIM atua com o governo, ONGs parceiras e a Agência da ONU para Refugiados, Acnur, para facilitar o acesso a serviços básicos.

A agência forneceu proteção e serviços de saúde, incluindo saúde mental, além de reformar abrigos temporários e garantir abastecimento de água, acesso a alimentos, saneamento e gestão de resíduos.

Há mais de cinco anos, centenas de milhares de rohingya fugiram de suas casas em Mianmar, após uma campanha militar de perseguição. Quase um milhão vive no campo de Cox's Bazar, do outro lado da fronteira, no vizinho Bangladesh. 

Unsplash/Ajay Karpur

Há mais de cinco anos, centenas de milhares de rohingya fugiram de suas casas em Mianmar, após uma campanha militar de perseguição. Quase um milhão vive no campo de Cox’s Bazar, do outro lado da fronteira, no vizinho Bangladesh. 

Risco de tráfico de pessoas e violência

Além disso, as equipes da OIM fazem sessões de informação na língua rohingya para alertar sobre riscos ligados ao contrabando e tráfico de seres humanos, violência de gênero e exploração e abuso sexual.

Na Tailândia, a agência oferece serviços de saúde e outras assistências. Já na Malásia, a OIM oferece dinheiro para o aluguel a ameaças de despejo que os refugiados rohingya enfrentam.

Refugiados rohingyas fazem fila por comida e outros suprimentos em um campo de refugiados, em Bangladesh

© Unicef/Roger LeMoyne

Refugiados rohingyas fazem fila por comida e outros suprimentos em um campo de refugiados, em Bangladesh

Crise já dura mais de cinco anos

Em agosto de 2017, uma onda de violência forçou mais de 700 mil rohingyas a fugirem de suas casas em Mianmar e procurar abrigo em Bangladesh, o país vizinho. Hoje, Bangladesh abriga o maior assentamento de refugiados do mundo em Cox’s Bazar.

As décadas anteriores já haviam sido marcadas por discriminação sistêmica e violência direcionada. Quase 1 milhão de refugiados permanecem em campos super lotados, com muitos outros embarcando em jornadas perigosas para países vizinhos.

FONTE: ONU NEWS

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